6 de set. de 2012

Além dos arranjos: "miniflores" se adaptam a vasos, jardins e dão colorido primaveril à casa

Bom como todas Liguetes já sabem que adoro plantas, ai vai um monte de dicas para quem gosta e cultiva estas maravilhas como eu.

Plumbago auriculata (bela emília): planta muito versátil e rústica, largamente utilizada no paisagismo



Você pode gostar das flores grandes e compridas, muitas nascidas ao longo de uma só haste, como as orquídeas, mas não há como negar que aquelas pequenas flores multicoloridas que nascem em arbustos, trepadeiras, forrações ou árvores têm seu charme e enfeitam tanto quanto uma solitária e elegante rosa.


Alguns paisagistas consideram como pequenas as flores de até 3 cm de diâmetro, outros definem a marca de 5 cm, mas uma coisa é certa: essas diminutas criações da natureza são procuradas para compor cachos, buquês ou mesmo vasos. “De cores quase sempre muito vibrantes, a maioria delas é um grande atrativo de borboletas e beija-flores”, afirma Christiane Ribeiro, arquiteta paisagista e sócia diretora da empresa Rodolfo Geiser Paisagismo e Meio Ambiente.


 
Abelia grandiflora (abélia): é um arbusto semi lenhoso que chega a atingir 2,5 m de altura. Com folhas brilhantes e flores brancas em cachos, possui suas sépalas (parte de trás das flores) na cor vinho. A variedade floresce abundantemente no verão e outono e suporta climas quentes e regiões de inverno rigoroso. Existe uma variedade de flores rosa (foto), menos utilizada, com menor quantidade de flores, mas igualmente bela


 
 
 
Sutera cordata (bacopa): pouco conhecida e utilizada, a bacopa é indicada para vasos, floreiras e canteiros à meia sombra. A espécie aprecia o frio e solo bem drenado, indicado para evitar a infestação por fungos
 
 
 
 
 
 
 
 
Plumbago auriculata (bela emília): planta muito versátil e rústica, largamente utilizada no paisagismo. Arbustiva e muito ramificada, é perfeita para cercas-vivas e pode ser usada como trepadeira. Suas flores são delicadas em forma de pequenos buquês 
 


 
 
 
 
 
Galphimia brasiliensis (resedá-amarelo): planta indicada para fromação de jardins com baixa necessidade de manutenção e florido o ano todo. Suas flores são pequenas, amarelas e delicadas. Deve ser cultivada em sol pleno e solo fértil


           
 
 
 
Jasminum mesnyi (jasmim amarelo): arbusto semi lenhoso que atinge 2,5 de altura, com folhas pendentes e flores amarelas que aparecem no outono e inverno. Deve ser cultivado a pleno sol  
 





 
 
 
 
Lantana repens (lantana amarela): arbusto perene de pequeno porte, muito utilizado para bordaduras e maciços. A planta de floração amarela prefere solos orgânicos e tolera geadas
 
 
 
 
 
 
 
Lavandula dentata (lavanda): as lavandas são excelentes para compor maciços, bordaduras ou pequenas cercas-vivas, mas também formam arbustinhos isolados ou em grupos irregulares, perfeitos em jardins de estilo inglês. Boas para canteiros de ervas, desenvolvem-se muito bem em vasos e jardineiras. Possuem usos paisagísticos, medicinais, aromáticos, industriais e até culinários. Não é exigente quanto à fertilidade do solo, mas este deve ser muito bem drenado e receber insolação direta. Tolera a seca, o frio e as geadas, sendo que algumas espécies e variedades suportam bem o calor tropical
 
 
Lobularia marítima (alisso ou flor de mel): herbácea anual com 15 a 20 cm de altura, folhas finas e flores brancas pequenas e muito perfumadas. Floresce na primavera e começo do verão, não resistindo ao calor intenso, porém é tolerante a geadas. Há variedades muito interessantes na cor rosa e roxa
 
 
 
 
 
 
 
Rosa chinensis (mini rosas): alcançam de 30 a 60 cm de altura, tem florescimento continuo com botões isolados ou em cachos nas cores branca, vermelha, amarela, rosa, laranja e púrpura. Devido a sua grande durabilidade, são indicadas para o plantio em vasos, jardineiras e forrações de pequenos espaços
 
 
 
 
 
 
Russelia equisetiformis (russelia): planta pendente, com ramos longos que despontam da primavera ao outono e podem ter coloração vermelha, amarela ou branca. No paisagismo, costuma ser empregada em renques ou maciços sobre pequenos morros e declives. Também é apropriada para vasos, floreiras e cestas suspensas. Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, bem drenável, rico em húmus e irrigado regularmente. Não tolera estiagens prolongadas
 
 
 
 
Solanum rantonnetii (solano): arbusto semi herbáceo com 1,70 a 2 m de altura, flores azuis ou roxas que aparecem no verão e outono. Pode ser cultivado em todo o país. A variedade "variegata" (foto) é mais utilizada em paisagismo e apresenta um bonito contraste entre suas flores roxas e folhas com bordas creme
 
 
 
 
 
 
 
 
Torenia fortunei (amor perfeito de verão): herbácea anual de 20 a 30 cm de altura, muito florífera. Gosta de climas frios e floresce na primavera e verão. Deve ser cultivada a pleno sol
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Wedelia trilobata (vedélia): originária das regiões litorâneas do Brasil é ótima para recobrir taludes. Porém, paisagistas e produtores têm dado pouca atenção a esta resistente espécie. [Consultoria: Heloiza Rodrigues, paisagista e bióloga com Mestrado em Fisiologia e Bioquímica de Plantas (Esalq - USP)]
 
 
 
 
 

Compra e plantio

Segundo a paisagista e bióloga, Heloiza Rodrigues, os arbustos de flores pequenas são rústicos e resistentes e podem ser plantados em boa parte do Brasil. Em sua maioria essas flores são cultivadas a pleno sol, direto no solo ou em vasos, mas algumas espécies se adaptam bem à meia sombra.

As variedades, basicamente, podem ser divididas em perenes e anuais, ou seja, plantas que germinam, crescem, florescem e morrem dentro do período de 1 ano. É possível adquiri-las na forma de mudas (em saquinhos ou potes) em floriculturas, viveiros ou Ceasas, mas a engenheira agrônoma Amaralina Celoto recomenda a compra em viveiros credenciados que atestam a qualidade e a isenção de doenças dos vegetais. “Elas são fáceis de adquirir, mas cada tipo de planta requer um cuidado especial, de acordo com as exigências de adubação, rega e poda inerentes a cada espécie, em diferentes épocas do ano”, explica Celoto.

As flores também podem ser compradas na forma de sementes, com uma grande variedade disponível no mercado. “Depois de semeadas e crescidas o suficiente, as mudas podem ser transplantadas para um local definitivo, seja um canteiro ou floreira”, recomenda Ribeiro. As espécies de corte, também muito utilizadas e fáceis de encontrar, são comumente encontradas e empregadas na composição de arranjos e formam belas combinações com outros tipos de flores e folhagens.

Tipos, usos e cuidados

Segundo Ribeiro, antes de qualquer passo é importante levar em conta a característica de cada espécie. Dessa forma, algumas são ideais como forração nos jardins, caso da bulbine (Bulbine frutescens), da lantana amarela (Lantana repens), do amendoim rasteiro (Arachis repens), e do alho-social (Tulbaghia violácea). Outras podem ser utilizadas em vasos e floreiras como as ixoras (Ixora coccinea), as mini rosas (Rosa chinensis), e os gerânios (Pelargonium hortorum) e há variedades de cultivo em meia sombra, como as begônias.

Depois de conhecidas as particularidades de cada espécie, a composição pode ser feita pela cor, porte e textura, sendo importante também levar em conta o clima e o local do plantio, ou seja, se a área é ensolarada a maior parte do dia ou não. “A bela emília, por exemplo, fica muito bem como bordadura nos caminhos e junto a muretas”, explica Ribeiro.

“Já as espécies pendentes e trepadeiras como a budléia (Buddleja davidii), o jasmim-italiano (Jasminum grandiflorum) e a lágrima de cristo (Clerodendron thomsonae), são muito delicadas e de grande beleza e ficam bem em caramanchões e pergolados”, completa a paisagista. Há também várias opções de porte arbustivo com flores bem delicadas, que podem ser organizadas em maciços, como a orelha de onça (Tibouchina grandiflora), o resedá-amarelo (Galphimia brasiliensis) e a abélia (Abelia grandiflora).

Quanto à demanda de cuidado no cultivo existem espécies mais rústicas e de porte maior, que requerem menos trato, como a russelia (Russelia equisetiformis) que atrai beija-flores, o jasmim-amarelo (Jasminum nudiflorum), e de novo, a bela emília (Plumbago capensis), pouco exigentes quanto ao solo e rega. Já para plantios anuais são indicadas alisso (Lobularia marítima), kalanchoe (Kalanchöeblossfeldiana), tremoço de jardim (Lupinus hybridus) e lavanda (Lavandula dentata). Essas variedades requerem mais cuidado e replantio de tempos em tempos, algumas, como na kalanchoe vão bem em vasos.

As flores de corte mais duráveis, porém, são as mini rosas, o mosquitinho (Gypsophila paniculata) e a vara-dourada (Solidago canadensis), todas de cultivo mais elaborado que, geralmente, requer estufas.

Postado por Luciana Villela
Marketing da Liga das Acácias 

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